Veja os números da economia brasileira que Levy irá enfrentar
Joaquim Levy assume o Ministério da Fazenda no lugar de Mantega.
Baixo crescimento, inflação alta e controle fiscal são principais desafios.
Levy durante encontro com Mantega em dezembro,
em Brasília (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Joaquim Levy assume o Ministério da Fazenda nesta segunda-feira (5) em meio a números desfavoráveis de desempenho da economia. Entre os principais desafios do novo ministro estão o baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), a inflação elevada, o descontrole das contas públicas e o déficit da balança comercial.em Brasília (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
A cerimônia de posse será realizada no edifício-sede do Banco Central, em Brasília, a partir das 15h.
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O novo ministro já anunciou que o objetivo imediato é estabelecer uma meta de superávit primário para os três proximos anos que contemple o controle e declínio da dívida pública. Segundo ele, essa meta é fundamental para o aumento da confiança na economia e para a consolidação dos avanços sociais.- Thais Herédia: O legado de Mantega é a herança ‘maldita’ de Levy
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Levy fixou uma meta de superávit primário (a economia feita para pagar juros da dívida pública e manter sua trajetória de queda) para o setor público de 1,2% do PIB para 2015 e de pelo menos 2% do PIB para 2016 e 2017.
Levy assume o posto no lugar de Guido Mantega, que deixa o governo após quase 9 anos como ministro da Fazenda que mais tempo permaneceu no cargo em governos democráticos.
Confira a seguir um panorama da evolução dos principais números e indicadores da economia brasileira durante o primeiro mandato da presidente Dilma Roussef:
Crescimento econômico
Variação anual do PIB, em %
* Estimativa para 2014 é do Boletim Focus do B
'Pibinho'
A economia brasileira saiu da recessão técnica no 3º trimestre, mas terminou o ano perto de zero.
Segundo pesquisa feita pelo Banco Central com mais de cem instituições financeiras – o Boletim Focus – a previsão dos economistas é que o PIB tenha uma alta de 0,15% em 2014O resultado do PIB de 2014 deverá ser o pior desde 2009, quando houve queda de 0,3%.Para 2015, o governo já revisou a sua projeção de crescimento para baixo, de 2% para 0,8%.